Um pouco do que é viver este problema: bipolaridade, ou distúrbio de humor bipolar, ou depressão bipolar, ou TAB - Transtorno Afetivo Bipolar, já foi chamado de psicose maníaco-depressiva.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

conquistas - coisas positivas

Várias coisas consegui fazer, mesmo depois da primeira crise há 12 anos.
  • Passei num concurso para o Banco do Brasil onde trabalhei em torno de dois anos.
  • Terminei minha faculdade que interrompi alguns meses depois da primeira crise.
  • Passei em um concurso para a área administrativa da Polícia Federal, onde trabalho há uns quatro anos e meio.
Isso, pra citar as principais conquistas. Pois quem tem essa dificuldade sabe que não é fácil nada do que eu citei acima. Nem tanto passar nos concursos quanto conseguir continuar trabalhando a jornada diária, o que às vezes parece impossível. A imagem para uma analogia é de alguém que tem que empurrar um caminhão.
Nem uma das coisas que citei foram fáceis, nem foram feitas sem enfrentar várias dificuldades ligadas a bipolaridade, como faltas, e dificuldade para controlar a ansiedade para poder fazer os trabalhos da faculdade.
Eu trabalhei em hotéis. Em outros empregos, mal consegui começar e acabei parando.
Comecei uma pós, mas não concluí. Por vários motivos, um deles vou citar no próximo post, outro é a questão de que havia passado no último concurso que cito e não consegui fazer o trabalho de conclusão enquanto estava começando no novo trabalho - participei de todas as aulas e passei em todas as disciplinas no primeiro ano, o que não andou foram os últimos seis meses que eram para o trabalho de conclusão (a pós tinha um ano e meio de duração).
Comecei outras faculdades que não consegui levar adiante por vários motivos, praticamente todos ligados aos problemas com a bipolaridade. Pois a faculdade de Filosofia eu havia iniciado porque queria ser sacerdote católico. E os padres do grupo em que eu estava me disseram que não era bom para mim continuar. Mesmo que os profissionais que eles me apontaram para que pudessem ter um retorno, em Curitiba onde eu morava, tivessem dito que mesmo com alguma dificuldade não havia nada que impedisse de continuar naquela caminhada.
Hoje, vejo que os outros rapazes com quem eu convivia não conseguiam aceitar que eu tivesse "regalias", como não ser cobrada de forma tão veemente quanto eles se me atrasasse para a oração da manhã, às 6h15, antes do café, e da aula na faculdade que começava as 7h30 - morávamos a três quadras da universidade (PUC-PR). E isso era difícil de lidar para os padres que cuidavam do grupo.
Só para concluir de forma mais positiva, depois de sair do seminário tive várias namoradas. A maioria, se não todas, meninas muito legais e generosas - digo generosas porque enfrentaram muitas barras comigo, a bipolaridade é algo que vai e vem.

3 comentários:

  1. Força a todos nós. Você é um vencedor amigo!

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  2. Adorei teu blog. Interessantíssimo. Um abraço. Lucila Santi

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  3. Na verdade, identifiquei-me muito com todas essas conquistas e, de certa forma, com a grande transitoriedade.

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