Um pouco do que é viver este problema: bipolaridade, ou distúrbio de humor bipolar, ou depressão bipolar, ou TAB - Transtorno Afetivo Bipolar, já foi chamado de psicose maníaco-depressiva.

sábado, 10 de outubro de 2009

Remédios e ...

Bah (sou gaúcho!)! Tô melhor, voltei ao trabalho e não postei muita coisa nos últimos dias.

Mas tava pensando aqui sobre os ditos remédios.

CONVIVENDO COM A MEDICAÇÃO
Desde que descobri essa dificuldade de saúde, a bipolaridade (acho eu, pelo que me disseram alguns médicos - diagnóstico é uma coisa tão incerta), tive que aprender a conviver com remédios de uso constante.

Não é nada agradável: um pra levantar o humor, outro para não ir nas nuvens - explico: em momentos de euforia se perde a noção de limite, de perigo, se gasta mais do que a gente pode, ...  Mas é bem ruim ter tomar remédios que mexem no humor: fazem a gente ver a vida com menos cor.

EFEITOS COLATERAIS
E isso é só uma parte.  Os efeitos colaterais ...: dor de cabeça, tontura, boca seca, ... vai de mexer com a questão sexual a inúmeras outras coisas.

E ainda tem gente que acha que eu gosto de remédio?!!!  Quem dera poder jogá-los todos bem longe e não precisar mais deles!

A IMPORTÂNCIA DOS REMÉDIOS
Ao mesmo tempo, agradeço a Deus porque temos esses recursos.  De novo, explico: nesses 12 anos brigando com isso (sabendo disso, acho que as coisas são mais antigas um pouco, olhando para trás hoje) fiquei um ano e pouco sem remédios.  Parei com orientação médica.  Mas foi o suficiente para ver o quanto a vida pode ser pior, para quem precisa, se tiver que ficar sem esse tipo de apoio.

E sei de muita gente, com bipolaridade, com depressão, ... que parou os remédios, o tratamento, por conta.  Sofre não só a pessoa, mas todos os que convivem com ela.

AUTO-MEDICAÇÃO
E olha que sou totalmente contra auto-medicação e que quem não precisa tome remédios - especialmente antidepressivos.

COMENTÁRIO
Acabei de ficar bem colocado em um concurso, e sei que não estou 100% (se é que isso é possível, seja lá para quem for - com ou sem problemas de saúde).  Estudei quando foi possível, e o tempo que aguentava (por causa de dores de cabeça, ansiedade, ...).  Imagino que seria bem pior, sem apoio.

AGRADEÇO A DEUS, E AOS QUE SE DEDICAM A ISSO, PELA EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA!!!!  E QUE CONTINUE EVOLUINDO SEMPRE MAIS.

7 comentários:

  1. Tudo isso é verdade! Comigo aconteceu assim: depois que aprendi a lidar com as dores mais profundas da alma, tenho ainda grandes fases de depressão, mas saio delas sem os remédios. Entro e saio delas. Estou aprendendo a sobreviver aos pequenos traumas. Sobrevivo! Pois estou aqui.... Rsrsr... Não é meu espírito não. Força! Coragem! Abraço Lourdes Dias.

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  2. Oi Lourdes, sou bastante religioso, mas não acho que a melhor solução seja parar com os remédios quando eles são necessários. O que tem a ver com a minha situaçao, minha dificuldade não tem fatos específicos como causa, embora sejam os fatos gatilhos de muita coisa - crises, ... Tem mais a ver com genética e perfeccionismo - isso sim tem a ver com a maneira de ver as coisas.
    E seja qual for o motivo, só um bom médico pode dizer sobre a necessidade, ou não, de remédios.
    Abraço, L. Bergamo

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  3. Acho que tenho essa característica, (doença é um nome tão errado, de onde vêm o conceito de bom e ruim?). Num dia me sinto um merda, vejo todas as minhas características ruins, agora em outros vejo mais minhas características boas e me sinto bem superior. Caso isso seja transtorno bipolar, não vejo como algum ruim, preferiria continuar do jeito que está. Minha condição em tal dia, chega sim a me influenciar negativamente nas minhas ações e decisões, mas cada vez aumento meu auto-controle e capacidade de coesão. É algo bom, realizar uma auditoria constante de si mesmo. Minha idade, 16 anos.

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  4. Como alguém disse uma vez.

    "Não é sinal de saúde estar profundamente ajustado a uma sociedade tão doentia."

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  5. Oi Daniel,

    Obrigado pelos comentários.

    Mas é bom dar uma conferida. O problema com a bipolaridade é quando ela começa a criar problemas para realizar tarefas que fazem parte do dia-a-dia: trabalhar, estudar, ... Sem falar no risco de suicídio.

    Espero que não seja o seu caso. Não desejo isso pra ninguém.

    Mas o espectro bipolar é bem mais comum que a dificuldade de saúde denominada bipolaridade. Fora o fato de que todas as pessoas têm momentos de mais alegria, ou mais tristeza.

    Um abraço

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  6. Parabéns pelos os seus estudos. E assim como para você, os remédios tem me ajudado muito. E não penso em parar.

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  7. Valeu pelo comentário, e pelo apoio, Will (BIPOLARBRASIL),
    Abraços

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